Na Alesp, Frente Parlamentar em Apoio à Adoção debate acesso à origem genética
16/05/2024 16:58 | Direitos | Da Redação - Fotos: Bruna Sampaio







A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo promoveu, nesta quinta-feira (16), Dia Nacional da Adoção, uma reunião da Frente Parlamentar em Apoio à Adoção. O encontro abordou o "direito da origem" previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
"Esse tema é bastante atual e abre espaço sobre o direito de conhecer a própria história", destacou o deputado Caio França (PSB), coordenador da Frente.
A jornalista Larissa Alves, presidente da Associação Brasileira de Pessoas Adotadas, tratou sobre a importância do reconhecimento da origem, sem caracterizar o assunto como ingratidão aos pais adotivos ou renúncia à parentalidade. "Muitos filhos adotivos não buscam a sua história por medo ou por não conhecer o seu direito. É mais que uma permissão emocional", enfatizou.
Previsto desde 2009 no ECA, as pessoas adotivas podem solicitar o acesso ao processo judicial de adoção, o histórico médico pessoal e dos pais biológicos, a localização atual dos genitores e manifestar o interesse em conhecê-los. Desde 2023, o Ministério da Justiça participa de uma cooperação jurídica internacional para a busca de informações sobre a origem de pessoas adotivas com pais que vivem no Exterior.
Dificuldades
A advogada Gisele Assis reforçou sobre a importância da identidade como princípio da dignidade humana. Muitas pessoas adotadas não conseguem autorização da Justiça, pelo entendimento de que a adoção rompe definitivamente o vínculo com os pais biológicos. "As rupturas e os traumas causados aos filhos adotivos gera o silenciamento através do sofrimento", concluiu.
A conselheira tutelar Fernanda Tuna orientou sobre a consolidação de uma rede de proteção que garanta o direito ao indivíduo no processo de adoção, conscientizando a população sobre o tema para combater o que chamou de "adotismo" - preconceito contra famílias constituídas pela adoção com a justificativa de que famílias biológicas são superiores. "O pensamento sobre a adoção precisa ser pautado na parentalidade biológica, onde não há distinção afetiva", complementou.
Lei
Caio França é autor da Lei 16.785/2018, que dispõe sobre o uso do nome afetivo nos cadastros das instituições escolares, de Saúde ou de Cultura e Lazer para crianças e adolescentes que estejam sob guarda da família adotiva.
O nome afetivo é aquele que os responsáveis podem tornar definitivo quando a adoção é consolidada, com a alteração da informação na certidão de nascimento.
Exposição
Após o evento, o deputado Caio França inaugurou a exposição "Adoção não tem raça, tem cores", composta por fotos de famílias formadas pelo processo adotivo, com o apoio do grupo Maternizar, da cidade de São Vicente.
O conteúdo está disponível para visitação no espaço Heróis de 32, no pavimento térreo da Alesp, com acesso pela entrada da Av. Pedro Álvares Cabral, 201. A entrada é gratuita.
Assista à reunião, na íntegra, na transmissão feita pela TV Alesp:
Mais imagens da reunião: https://www.flickr.com/photos/assembleiasp/albums/72177720317026756
Exposição "Adoção não tem raça, tem cores": https://www.flickr.com/photos/assembleiasp/albums/72177720317037384
Notícias relacionadas
- Projetos em defesa da segurança das mulheres avançam na Alesp
- Comissão da Alesp aprova convites aos CEOs da Uber e do Mercado Livre para esclarecimentos
- Comissão de Defesa dos Direitos do Consumidor dá aval a requerimentos e a projetos de lei nesta quarta-feira, 22
- Parlamentares da Comissão de Direitos da Pessoa Humana dão aval a oito projetos em tramitação na Alesp
- Projeto aprovado por comissão institui data comemorativa para programa de ações solidárias
- Comissão de Direitos Humanos da Assembleia de SP vai apurar casos de feminicídio no Estado
- Comissão aprova realização de audiência pública sobre a Sabesp
- Comissão de Defesa e dos Direitos das Mulheres já tem presidente
Notícias mais lidas
- Deputado participa de missão oficial a Taiwan e busca ampliar cooperação com potência asiática
- Aprovado na Alesp, novo valor do Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804, é sancionado
- Entra em vigor hoje o novo Salário Mínimo Paulista, de R$ 1.804
- Vitória dos pescadores: artigo que restringia acesso ao seguro-defeso é suprimido
- Alesp aprova projeto que garante piso salarial nacional a professores paulistas
- São Vicente: a importância histórica da primeira cidade do Brasil
- Na Alesp, familiares, amigos e colegas de profissão se despedem do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes
- Sindicatos da Polícia Civil cobram envio de projeto da nova Lei Orgânica à Alesp
- Demanda antiga, Lei aprovada na Alesp unificou categoria de policiais penais
Lista de Deputados
Mesa Diretora
Líderes
Relação de Presidentes
Parlamentares desde 1947
Frentes Parlamentares
Prestação de Contas
Presença em Plenário
Código de Ética
Corregedoria Parlamentar
Perda de Mandato
Veículos do Gabinete
O Trabalho do Deputado
Pesquisa de Proposições
Sobre o Processo Legislativo
Regimento Interno
Questões de Ordem
Processos
Sessões Plenárias
Votações no Plenário
Ordem do Dia
Pauta
Consolidação de Leis
Notificação de Tramitação
Comissões Permanentes
CPIs
Relatórios Anuais
Pesquisa nas Atas das Comissões
O que é uma Comissão
Prêmio Beth Lobo
Prêmio Inezita Barroso
Prêmio Santo Dias
Legislação Estadual
Orçamento
Atos e Decisões
Constituições
Regimento Interno
Coletâneas de Leis
Constituinte Estadual 1988-89
Legislação Eleitoral
Notificação de Alterações