Na CPI das Telecomunicações da Alesp, autoridades destacam falta de proteção ao consumidor

Especialistas debateram vulnerabilidade do usuário nas relações de consumo e riscos de fraudes na habilitação do telefone; Colegiado convidou diretor-presidente da Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações
16/10/2024 17:43 | Defesa | Da Redação - Fotos: Bruna Sampaio

Compartilhar:

Freitas: proteção como dever do Estado<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2024/fg336672.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> CPI ouve promotor de Justica e delegado de polícia<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2024/fg336671.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Delegado cobra cadastro mais rigoroso <a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2024/fg336673.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Dep. Carla Morando (PSDB), presidente da CPI<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-10-2024/fg336674.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

A CPI das Empresas de Telecomunicações da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, criada para investigar a prestação de serviços de telefonia - fixa e móvel - internet, TV por assinatura e streaming, ouviu, nesta quarta-feira (16), o promotor de Justiça Denilson Freitas e o delegado da Polícia Civil, João Batista Blasi.

Titular da Promotoria do Consumidor no Ministério Público de São Paulo, Freitas ressaltou que a proteção do consumidor é uma imposição constitucional. "Qualquer consumidor numa relação de consumo tem uma característica que é a vulnerabilidade", argumentou. "Mais que um direito, a proteção dessas pessoas é um dever fundamental do Estado [brasileiro]", concluiu.

O promotor ainda criticou a regulamentação setorial por ignorar a fragilidade dos usuários em virtude do desequilíbrio das relações de consumo. Mencionando a Lei Geral de Telecomunicações e o Regimento de Direitos do Consumidor da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Freitas afirmou que ambos "têm dispositivos que protegem os consumidores, mas não existe uma linha sobre vulnerabilidade".

Já o delegado João Batista Blasi chamou a atenção para os riscos de fraude na ativação do dispositivo que identifica e armazena dados de um telefone celular. "A habilitação é feita, não raro, de forma muito pouco criteriosa. Um indivíduo pode adquirir um chip numa banca de jornal, farmácia, lotérica e habilitá-lo em nome de terceiro", alertou.

Blasi cobrou mais rigor das operadoras na habilitação das linhas de celular. "O indivíduo municiado com o aparelho desse, além de divulgar notícias inverídicas, consegue cometer crimes, o que dificulta o trabalho de investigação policial", frisou.

Prorrogação e convite

Na reunião, os parlamentares ainda aprovaram a prorrogação do prazo de funcionamento da CPI por mais 60 dias. Presidente do Colegiado, a deputada estadual Carla Morando (PSDB) justificou que o tempo extra é necessário diante da quantidade de convidados que ainda serão ouvidos pela comissão.

A Comissão também aprovou o requerimento que convida o diretor-presidente da Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações (ABR Telecom), José Moreira da Silva Ribeiro.

Confira mais imagens da reunião


alesp