Juventude expõe na Alesp os impactos da crise climática sobre a saúde

Seminário com especialistas, parlamentares e ativistas discutiu os efeitos das mudanças no clima sobre os jovens de territórios vulnerabilizados 
06/08/2025 18:56 | Seminário | Da Redação - Fotos: Larissa Navarro

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Seminário abordou clima e juventude<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2025/fg350495.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Marina: jovens no centro<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2025/fg350496.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Amanda: crise de imaginação política<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2025/fg350497.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Giovanna: ambiente influencia material genético<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2025/fg350498.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a> Jovens compartilharam experiências pessoais<a style='float:right;color:#ccc' href='https://www3.al.sp.gov.br/repositorio/noticia/N-08-2025/fg350519.jpg' target=_blank><i class='bi bi-zoom-in'></i> Clique para ver a imagem </a>

Duas mesas de conversa com especialistas e ativistas, realizadas na Assembleia Legislativa de São Paulo nesta quarta-feira (6), discutiram os impactos do clima extremo sobre os jovens. O seminário "Saúde, Mudanças Climáticas e Juventudes", liderado pela deputada estadual Marina Helou (Rede), abordou temas como doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), o protagonismo juvenil na formulação de políticas públicas socioambientais e a reflexão sobre o racismo ambiental.

Marina Helou afirmou na abertura do seminário que os efeitos das mudanças climáticas afetam com maior intensidade as populações mais vulnerabilizadas da sociedade, a exemplo dos jovens de periferias, idosos, povos originários, quilombolas e ribeirinhos. A deputada também salientou que a promoção da justiça ambiental requer escuta ativa, "colocando as perspectivas, as visões de mundo e o que importa para os jovens no centro da construção de políticas públicas".

Amanda Costa, fundadora do Instituto Perifa Sustentável, acredita que existe uma "crise de imaginação política" em relação à questão climática. "Os políticos não conseguem imaginar futuros sustentáveis para toda a população", explicou. Para Andréia Coutinho, do Centro Brasileiro de Justiça Climática (CBJC), a juventude representa uma parte fundamental na resposta à crise climática. "Nosso papel enquanto jovens é repetir mesmo narrativas, dados e argumentos até que sejam materializados em políticas públicas", frisou Andréia.

Já a médica Giovanna Palandri destacou os efeitos do meio ambiente sobre a saúde humana, com base em um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Segundo a pesquisa, 81% dos adolescentes brasileiros já apresentaram dois ou mais fatores de risco para as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), como sedentarismo, alimentação inadequada e estresse. Ela também citou o conceito de epigenética para explicar como o ambiente influencia o material genético. "Os nossos genes carregam as nossas histórias, mas o ambiente vai decidir quais capítulos vão ser lidos", afirmou.

Entre os demais palestrantes estavam as ativistas jovens Carolina Maciel (Capitu), Rayane Xipaia e Mahryan Sampaio. O seminário também contou com a participação de Cynthia Betti, CEO da Plan International Brasil. Vários estudantes, entres os quais Tony Bryan, compartilharam experiências pessoais com a conscientização de comunidades sobre o racismo ambiental e os desafios climáticos enfrentados no cotidiano.

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