Em sessão ordinária realizada nesta sexta-feira (1º), os parlamentares da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo pautaram seus discursos com foco nas notícias da semana.

Eduardo Suplicy (PT), por exemplo, manifestou seu apoio e solidariedade pela recuperação do apresentador Fausto Silva, que passou por um transplante de coração recentemente. Junto disso, o deputado ainda fez questão de elogiar o trabalho do SUS. Segundo Suplicy, mesmo em meio a tantas dificuldades, o Sistema Único de Saúde continua salvando vidas e garantindo um tratamento democrático a todo e qualquer paciente.

"É importante que haja esforços dos entes públicos para esclarecer à população como funciona a fila de transplante do SUS. Em minha vida pública, tenho defendido a transparência e o fácil acesso à informação das diversas entidades públicas, seja de Saúde, Educação ou Segurança Pública, pois acredito que, somente dessa forma, podemos evitar a desinformação e as fake news. No caso do Faustão, é triste ver como as pessoas ficaram confusas por especulações falsas, que incentivaram as pessoas a não pedirem atendimento no Sistema Único de Saúde, que realiza um excelente trabalho, seguro e democrático", destacou.

Marco Temporal

Outro tema de grande repercussão nas últimas semanas foi a votação, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a respeito da tese do Marco Temporal das terras indígenas. Resumidamente, a tese discorre sobre a reivindicação de posse de terras indígenas estabelecidas após o dia 5 de outubro de 1988, quando foi promulgada a mais recente Constituição Federal.

Até o momento, a votação dos ministros encontra-se suspensa no placar de 4 a 2 contra a medida. Sobre esse tema, Leci Brandão (PC do B) usou seu tempo de tribuna para se posicionar. "Gostaria de destacar que a decisão deve ser favorável aos nossos povos nativos. Isso é bom, mas precisamos admitir, também, que há um tratamento preconceituoso do Judiciário e das forças de segurança pública em relação a pretos, pardos, indígenas e LGBTQIA +, a razão dessa tese existir e de tantos casos de violência mal resolvidos. Não haverá um país verdadeiramente democrático enquanto essa visão persistir", manifestou.

Polícia Civil

O deputado Reis (PT), por sua vez, comemorou a abertura de novo concurso para a Polícia Civil de São Paulo. São cerca de 3500 vagas e, segundo o deputado, a manutenção da Segurança Pública é um fruto de muitos protestos dele e de outros parlamentares da Assembleia. "Finalmente foi publicado no Diário Oficial um novo concurso para a Polícia Civil de São Paulo. Há tempo tenho indicado ao governo a agilização desses procedimentos, pois a demanda é muito grande. Aproveito também para cobrar o governo por uma reestruturação da carreira dos oficiais administrativos da polícia, que tiveram benefícios cortados recentemente", declarou.